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15.9.09

O Amor é forte como a Morte

Dora Ferreira da Silva



Lonely rivers flow,
to the sea, to the sea
To the open arms of the sea
Lonely rivers cry,
wait for me, wait for me
I´ll be coming home

12.9.09

Gaiavoa

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa...
o teu olhar derradeiro.


Quem me dera ser gaivota,
a gaivota que sou.

Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.

26.8.09

Marinheiro Sol

Eu não sou daqui
Marinheiro só
Eu não tenho amor
Marinheiro só
Eu sou da Bahia
Marinheiro só
De São Salvador
Marinheiro só


Caetano Veloso

23.4.09

Céu

«Tenho uma sede imensa de beber
os soluços do Sol quando declina,
as carícias azuis do Luar de Agosto,
os tons rosa da Tarde que se fina...

É que eu seria Poeta, se os bebesse...
Não mais seria o cego de olhos limpos
(...)
E, se eu pudesse beber
esses longes de mim que vejo e quero,
em espasmos havia de os mudar
e, num desejo nunca satisfeito,
iria possuir-te, ó Mar!

Havia de cair, num beijo, sobre ti;
despir as minhas vestes de serrano,
tirar de mim aquilo que é humano,
e confundir-me em ti.

(...) um dia o Sol há-de surgir mais cedo
e o bom menino de olhos azuis,
de quem sou fraco arremedo,
há-de nascer, ó Mar, da nossa noite de Amor!

E tu, Menina que eu chamava,
Menina que eu chamava e encontrei
mas abrasada no amor divino
- tu hás-de ver então que o Céu que idealizas
é o olhar azul desse menino.»
Sebastião da Gama, Idem

Versos do Mar

«Ai!,
o berço da tua voz,
e esse jeito de mão que tens nas ondas,
Mar!

Quando eu cair exausto
sobre as conchas da praia e fique ali
doente e sem ninguém,
hás-de ser tu quem me trate,
quero que sejas tu a minha Mãe.

Há-de embalar-me a tua voz de berço,
pra que a febre me deixe sossegar;
e hás-de passar, ó Mar!,
pelo meu corpo em chaga,
as tuas mãos piedosas comovidas (...).

Como se fosses tu a minha Mãe...
Como se fosses tu a minha Noiva...

E hás-de contar-me histórias velhas
de Marinheiros...
Histórias de Sereias e de Luas
que se perderam por ti..
E se a Morte vier há-de quedar
toda encantada, a ouvir-te,
e, sem ânimo já de me levar,
sorrindo, voltará por seu caminho (...).»
Sebastião da Gama, Serra Mãe