17.4.09

Ao Deus do Sol

«Onde estás? ébria a alma me escurece
De toda a delícia tua, pois inda agora
Eu vi como, cansado da sua
Viagem, o maravilhoso moço divino

Foi banhar seus jovens cabelos nas nuvens de ouro;
E inda agora os olhos me vão sozinhos pra ele;
Mas ele está longe - pra gente piedosa,
Que ainda o adora, partiu.

Eu te amo, Terra! pois choras comigo!
E o nosso luto, como dor de menino, faz-se
Sono, e assim como os ventos
Adejam e sussurram na harpa

Até que os dedos do mestre lhe arranquem o belo
Som, assim brincam connosco névoas e sonhos
Até que o Amado volte, e Vida
E Espírito se inflamem em nós.»
Holderlin, Poemas

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