15.5.09

Eros

«MÁSCARAS! Máscaras! Deslumbrai o Eros.
Quem aguenta os seus olhos coruscantes,
quando, como o solstício do verão,
interrompe o prelúdio primaveril?

Como de súbito a loquacidade
se faz outra e séria... Algo gritou...
E ele lança o calafrio inominado,
como o interior dum templo, em cima deles.

Oh! perdidos!, de súbito: Perdidos!
Rápido é o abraço dos deuses.
Torceu-se a vida, o destino nasceu.
E no íntimo uma fonte chora.»
Rainer Maria Rilke, Poemas - 1924

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