«Quando, na sua aflição, entrou no cisne,
o deus quase tremeu por o achar tão belo;
Todo confuso desaparece dentro da ave.
Mas já a sua astúcia o leva à acção
antes mesmo de ter experimentado
o sentir do não-provado ser.
E a bela aberta reconheceu no cisne
o que vinha e sabia o que pedia
e que ela, confusa em sua resistência,
já não podia ocultar. Ele abaixou-se,
e, pelo pescoço, através da mão que esmorecia,
entrou o deus dentro da amada.
Só então é que ele, feliz, sentiu a plumagem
e se fez cisne real no seu regaço.»
Rilke, Novos Poemas
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